Um novo incerto recomeçar...

Será este o recomeço
de anjos e fantasmas
que por agora desconheço
e que deixam estas palavras pasmas.
De continuar a ter esperanças
e de não me iludir por palavras parvas,
de vozes que me invadem a alma,
e que me deixam sem palavras,
pois será o fim de me levarem
o cérebro e o meu pensamento;
o meu corpo e o meu sentimento;
que me guiou de inferno em inferno
e que levou esta dor a tentar me matar.
Pois agora que tenho o meu ser eterno,
isto vai terminar com um solitário esperar,
mas com uma companhia
de uma palavra amiga,
que todos os dias me traz alegria.
Mas mantenho o meu coração fechado,
pois o passado não pode ser relembrado,
se não tudo me ruía
e eu não quero reviver isso outra vez
e agora tenho sorte disto tudo ser virado
a outra página, a outra história
deste livro que é sempre ocultado.
Em que tudo o que existe
e tudo o que vivo
é apenas uma linha
que me insiste
em me tornar vivo,
não são os meus sonhos
que me desiludem,
nem tão pouco os contos
que fazem criar uma história
de desventuras e aventuras.
Coisas com que me deparo,
seja dia, seja noite,
por coisas fúteis,
que acumuladas formam um monte,
de acontecimentos inúteis
ou de importantes laços,
nos tortos e cruéis traços
da linha que percorro
e que chegado ao final dessa linha,
calmamente morro.

Um sentimento incerto...

De pensamentos revividos
são agora esquecidos
com uma lágrima no olho
que lentamente desaparece
para uma nova aventura
em que pisco o olho
e tudo se desmoronece.
Então para que vale uma pessoa iludir-se,
se tudo acaba para eclodir-se
num novo manto de tristeza?
Para que vale lutar
sem a necessária destreza,
para florescer novas rosas
e acabar com esta sentença?
Porque será isto complicado?
Ou será as pessoas que o complicam?
Com tantas pessoas que o explicam,
pois são enamorados
e foram inexplicavelmente tocados.
Tocados pela doçura do rosto
e tocados pela bomba que contêm pureza
que ficam de tal modo enfeitiçados
que são capazes de matar inocentes com tamanha frieza,
que me questiono de onde vem essa diabrura.
Um sentimento que nos dói
quando tudo parece acabar
e que nos faz infindavelmente perdoar.
Perdoar por todas as travessuras
até aqui cometidas
e a continuar acreditar
em relações duras
que pouco a pouco amadurecem-nos
e fazem-nos afastar dessas sangue-sugas.

Aquela pequena adóravel criatura..,

Aquela pequena adorável criatura a rir-se para mim, como alguém que quer dizer: “Adora-me”, a brincar como se o tempo tivesse parado, a desfrutar da infância que pouco tive a pedir-me para brincar com ela, é algo que fura a minha alma e deixa lá um pequena luz que transmite à minha boca a felicidade plena, uns momentos que para mim parecem um paraíso, ainda peço a alguém estranho que vê a minha contemplação para que me belisque, para saber se o meu corpo e a minha mente estão no mundo real ou se estão somente numa ilusão criada na minha mente como muitas que criei, pois tudo isso parece um sonho como aqueles que me desfaz esta alma. Mas não é, é o que acontece em poucos momentos, pois não faço parte da sua vida, quem me dera ter tal proeza, mas aqueles momentos para mim já limparam a minha alma sangrenta.

E agora que encontrei o sonhado anjo....

Anjos, que anjos? Só vejo demónios neste labirinto da qual me encontro, as lágrimas que me escorrem pela cara já não fazem qualquer buraco na rocha, já não tem esse poder, estão a começar a ficar fracas como a minha alma, acho que vou passar o resto dos meus dias neste refúgio, encontrei a anjo negro sonhado mas tenho medo que ele vá embora e/ou não consiga lidar com o meu ser, já perdi tantas almas, e acho que até a minha devia-se perder. Para quê viver neste mundo da qual não quero pertencer, se tudo o que toco ou o que simplesmente vejo, se desaparece como uma ilusão no meio de muitas ilusões nesta questionável vida em que habito? Sonhos para quê? Se são os sonhos que nos destroem!!! È a mente que fica presa a algo que não se pode agarrar, pois a morte desse sonho é a morte da felicidade. Sendo assim, encolho-me aqui atrás da rocha a libertar esta alma ensanguentada, a dizer-me a mim próprio que não sou o que nenhum anjo procura…

Uma busca num sofrimento...

Sonho em te encontrar
e sonho em te amar,
será este sonho uma desilusão
ou apenas um recomeçar.
Um recomeçar de histórias
e de paixões mortas,
ou de factos entrelaçados,
que nos abrem as portas
para uma vida de felicidade
e de pura amabilidade.
De ao acordar te ver
como uma deusa
e teu escravo ser
desta prisão imensa.
Que me fazia enlouquecer
ao sair desta dor,
dor de solidão
ou dor sem razão,
que me faz escrever
e sonhar alto,
pois caminho sozinho no asfalto,
com ligaduras que me protegem,
mas com dores que sempre aparecem.
Com dores de perda
e dores de um ausente carinho,
que se acumulam e se explodem
e que me acertam
nesta caixa vermelha do meu peito,
transformando-me sem jeito
para facilmente te encontrar,
tornando assim a minha busca
quase inatingível,
quase que impossível.
Ou será por já não acreditar
nesta busca indeterminada,
que faz sofrer sempre alguém,
do tudo ou nada
que encontro, para além
de defeitos que repúdio
e que simplesmente me afastam
daquele ser humano.
Ou por não saberem-me compreender
e não verem as lágrimas do meu sofrer,
que congelam os lenços de papel,
tornando-os molhados e frios
que enchem mil e um frascos de mel.
De tristes desabafos,
que as paredes do meu quarto ouvem
e pensam se serei tolo
ou simplesmente um rapaz
que não quer tirar as asas de ninguém.
Fecho-me no mundo
para me defender
das desilusões que tocam no fundo,
que me aleijam
e me fazem enraivecer,
de ainda não ter encontrado
o que procuro
e de ainda ninguém
destruir o meu muro.
(E será aqui o fim,
em que dito o meu ser,
o meu medoe o meu sofrer.)

Sou livre...

A partir deste caminho que sigo, vou outra vez vestir a capa que me tapa de toda a dor que me perseguiu no passado, porque a dor não desaparece, é uma ferida que fica sempre lá e há seres que tentam abrir essa ferida, mas não vão conseguir mais, pois triunfarei sempre com os meus ideais, com os meus pensamentos, com o que me define como pessoa deste mundo, não há DEUS, nem diabo que me controlem a mente, não há ninguém que me diga o que fazer, pois sou livre de fazer o que me apetecer, voo entre ventos e ciclones, entre planícies e montanhas, entre o mau e o bem, pois acredito no que vejo, no que me acontece e tudo o resto ilusório é tudo um grande estúpido disparate, não há sociedade que me proíba de andar como ando, de falar o que falo, de agir como ajo, pois se ninguém gosta, algum anjo há de vaguear pelas sombras em que caminho e procurar entre arbustos como procuro e encontrar-me, e talvez esquecer todos os monstros com que lutei e que me tentaram envenenar…É o meu ser, a minha mente que me define que te transmite algo que podes nem gostar e até repudiar, mas é como vivo e como me faz equilibradamente feliz.

Aquele ser, aquela alma...

As pinturas que me mostraram, foram agora lembradas, depois de tanto tempo guardadas no centro do meu subconsciente, tudo ruiu, tudo caiu, é agora um vale de lágrimas que me correm cara abaixo, como se houvesse uma explosão de sentimentos, que são um objecto dos momentos passados no meu passado, com aquele ser da qual tenho saudades, daquele rosto sorridente a olhar-me já de longe, a ensinar-me coisas que é difícil esquecer e que serão feitas até esta linha que percorro acabar, vivo na força, vivo na dureza, com a qual não quero sofrer, pois as saudades são tantas, que sonho com aquele ser estar nos meus braços, estar a mimar-me com aquelas mãos macias, essa figura da qual eu descrevo, da qual tem um altar (não sendo o de Deus) com as mensagens que eu ao longo dos anos escrevia no seu dia, não no dia da sua triste morte, porque isso é a maior revolta de toda uma felicidade que foi passageira, mas sim no seu dia…Podendo esse ser não ser do meu sangue, mas dava-me o maior carinho e cuidado que nenhum outro ser dava, pois tinha uma alma que era uma idola para muitos seres…um verdadeiro ser lutador (como algumas pessoas afirmam) …Porque é que um ser daqueles morre num espaço de tempo daqueles e porque não morrem aqueles monstros com que me deparei e convivi depois daquele triste e estúpido acidente que vi? Porquê? Não é Deus nem ninguém me pode dizer a resposta…Foi apenas o que aconteceu, aquelas máquinas que estavam ligadas aquele ser e que tentavam dar-lhe vida ( da qual eu não vi, da qual eu não falei uma última vez com aquela alma) mas que não fizeram nada mais do que mantê-la até chegar a hora da sua alma desaparecer e apenas ficar o corpo e roupa enterrados na terra.




Há muitos pessoas que ficam tristes por apenas coisas materialistas e estúpidas, quando nunca perderam nenhuma pessoa da qual adoram ou amam (mesmo aquelas que não admitem), porque não ligam mais as pessoas que os rodeia, em vez de andarem a chorar pelos cantos com coisas que vão e vêm, mesmo aquelas que passam dificuldade financeira, riem-se quando têm alguém ao seu lado que as anima, pois as pessoas não são coisas que vão e vêm!!!

Procura na escuridão...

Na escuridão da noite, caminho em direcção a nada e a sonhar com algum anjo negro que me venha buscar, com o seu toque sobre a minha cara que me conforte e me deixe levar a acreditar outra vez, neste mar de lágrimas que enferruja a minha cara já dorida, de tristes factos, de tristes pensamentos. Pois não são mais que meras ilusões, ilusões essas que matam a minha alma, deixam uma cicatriz grande de raiva e ódio animal, de vingança a quem me fez mal e de puro desejo de ser alguém que não sou, como um ser em transformação. Sei que não sou como devia ser, mas devo ter algo que algum anjo precise, como cavaleiros que precisam das suas donzelas e que em tempos foram mortos pelo chamado “amor verdadeiro”. Procuro-te entre os arbustos, mas apenas vejo monstros que me tentam matar e que até agora não conseguiram, e mesmo já cansado destas batalhas, procuro-te e simultaneamente descanso da última batalha, que foi dura e me fez largar muito sangue, que se espalhou neste mar de mágoas deixando para trás as suas marcas, que nunca se apagam e acho que jamais se apagarão.

Apresentaçao

Aqui vos escrevo, de alma aberta, um reflexo do meu ser, o que penso, o que sinto, revoltas, animos...Espero que gostem, pois eu gosto...Pode haver aqui coisas que nao concordem, e senao concordarem, discutam comigo, pois eu vos levarei a razao, a raiz do que é real, do que e um facto, pois é nisso que me guio....