Um ser...

Sou um ser em formação, construo-me de dia para dia, de acto para acto, de experiencia para experiencia, do saber para o saber, pois a experiencia e o saber (transmitido e adquirido) fazem os Homens mais fortes, tornam-se donos da vida, da mudança e da reviravolta de comportamentos que até os mais sábios tentam compreender ou entender com alguma teoria ou pensamento. Neste momento deixo-te simplesmente remexer na tua mente e a entender o significado de todas as palavras que me caracterizam...

junho 23, 2011

Vida que corre no nada...

A vida passa por mim a correr sem eu aproveita-la como deve ser, acordo todos os dias em função das horas da outra pessoa, pessoa que acorda ao meu lado e que não amo, lhe digo nos olhos que a amo e não a amo, estou com ela nas aulas (pois ela é do meu curso) e só quero é que acabe a aula para eu ter um tempo só para mim, mesmo que seja num simples ir fumar um cigarro, depois tudo o que eu como seja ao jantar seja ao almoço ou até ao pequeno almoço é em função do que a outra pessoa gosta e não gosta, ou até um simples sair à noite que para mim era minha vida, nunca fui pássaro de muito tempo na gaiola, deixo de ter isso, fico em casa agarrado às telenovelas ou a jogos no computador, preso à vida de solidão, para no final da noite ela ir dormir e eu ficar a mandar mensagens para falar com alguém, para desprender-me de quatro paredes, de uma televisão e dessa vida infeliz, daí eu não ter amigos naquela “terrazinha” onde estudo e frequento um curso da qual não gosto, mas também não desgosto e ainda ter chatices estúpidas com alguém que ora é deficiente ora é uma criança e os únicos dias que tenho só para mim são ao fim de semana, pois faço por vir para a minha cidade, para a minha casa, para a minha vida mais alegre e mesmo assim tenho de mandar mensagens de hora a hora (ou na vontade dela de minuto a minuto) a alguém que eu até prefiro que não tenha bateria no seu telemóvel… É assim que defino o meu primeiro ano de ensino superior, com uma coleira no pescoço, agarrado também a uma porcaria de uns exames, culpa da minha boca que falou demais e do que fiz no passado e também de momentos passados durante sete meses numa vida de “mais-que-casados”, rotineira e sem graça, apesar de eu tentar variá-la, mas sem sucesso.

Agora sei o que é viver com alguém que não se gosta, tenho uma melhor percepção das coisas, o facto de partilhar o mesmo espaço, a mesma comida, a mesma vida, tudo, e passa-los de 24 horas a 24 horas nessa rotina que cansa uma pessoa, deixa-a farta de tudo, deixa-a como estou, vazio e triste pelo tempo perdido que não volta atrás.