Um mundo de passerelle...

Há coisas que eu odeio nas pessoas, como criticar alguém só pelo exterior, só pelo que usa e pelo que não devia de usar, por acharmos que é feio, como se o mundo fosse uma passerelle de moda com aqueles belos vestidos e com manequins que parecem autênticos bonecos, ou de seres perfeitos! Nem a vida é perfeita, quanto mais as pessoas que nascem biologicamente serem autênticas perfeições, simplesmente nascem, não são criados numa fábrica, não são robôs, e por isso devemos olhar para os sentimentos de uma pessoa, para a sua maneira de ser e não criticarmos essa mesma pessoa por ser feia ou bonita, não há pessoas feias nem bonitas, simplesmente há uma diferenciação de gostos que dependem de pessoa para pessoa, agora dizerem-me várias e várias vezes: “Quando cortas o cabelo? Já está muito grande!” e “essa barba quando é que cortas? Já parece um ninho de ratos!” Apenas digo a essas pessoas: “Ide todos para o caralho, se são meus amigos porque têm de reclamar com o meu aspecto exterior? Eu até podia estar como um cigano, o que é que têm a ver com isso?” Pessoas muito mesquinhas, pessoas que reparam em tudo, só sabem criticar e não olham para o seu umbigo, pessoas que olham para a perfeição, mas em nada são perfeitas, ficam simplesmente como palhaços, porque não há perfeição, como eu já disse antes (num outro texto meu) não há pessoas perfeitas, nem santos (divindades) nem Deus que encaram como perfeito devido a razões que eu já expliquei antes…Se não gostam de como sou ou de como estou, saiam da minha beira e deixem-me aqui sozinho, metam-se nas suas vidas de passerelle, de tudo muito bonito! Ou então deixem-me ser como sou, senão, não vão gostar do que para aqui em diante vou ser, posso até ser um triste, não quero nem saber, agora não me vão chatear mais com essas merdinhas…

O que me vai no pensamento neste momento...

Neste local me invado de pensamentos,
pensamentos monótonos,
pensamentos sigilosos,
acompanhado com bonitas músicas
que dão letra
aos meus sentimentos,
pois são transmitidos letra a letra,
do pensamento ao acto,
do acto ao contemplado
poema que o leitor fica admirado
com tal conjunto de palavras
que me definem
como ser
e como pessoa.
Essas palavras nunca mentem,
quanto ao que sinto
e quanto ao que te transmito,
apenas sentem
o peso do amor.

Tal pessoa me ri,
tal pessoa me faz aqueles simples gestos,
tal pessoa escreve como eu,
sente a natureza das coisas como eu,
e que só por isso ,
em nada me mente.

Viro o meu olhar
de relance pela janela
e respiro este puro ar,
contemplo aquela paisagem bela,
e no Outono encontro
tal sentimento,
em tal grandioso fundamento,
que me liberto para escrever.

Escrevo sobre a segurança e o conforto
que sinto naquele toque na mão,
parecia que este facto estava morto,
a meiguice daquela pessoa,
que acredito naquela alma,
não seja uma mentira.

Neste momento
não lhe posso prometer
mais nada para além
de tudo o que eu e aquele ser
temos vindo a viver,
lamento, mas preciso
do tempo de reflexão,
pois não quero cair outra vez numa ilusão,
tenho do melhor conhecer.