Mais um ano...

Todos os anos é sempre a mesma coisa, por volta da semana do presente dia 28 de Agosto, data daquela estúpida morte de alguém que me era muito querida, que seria o meu porto de abrigo durante a infância toda, a capa cai, os pensamentos e as memorias aparecem outra vez na minha cabeça, tudo se roí em lágrimas, em pura revolta que me consome, que me dá vontade de gritar bem alto “fodasse, se existes porque a tiraste de mim?” mas acabo sempre por perceber que as minhas palavras ficam apenas no ar, já que não há nenhuma coisa superior ou deus que me possa responder ou existir. Apenas tenho de lutar com isto todos os dias e ainda mais neste período. De encarar a vida como uma realidade fria, deixar-me de sonhos tolos e fantasias descabidas e continuar a vida, seguir em frente e passar por toda a merda que ainda tenho de passar, pois senão continuar, morro, e morrer é acabar, acabar com as minhas melhores coisas da vida, amigos, o meu pai e claro a minha irmã que adoro tanto, por isso viverei a vida e tentarei não sofrer tanto….